segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Epifenômeno

Domingo-manhã
chamo o indiferente
que reluz oblíquo em meus tênis baratos.

Adentra pela janela,
sem boas maneiras,
sem a suntuosidade de quem é rei.

Brilha para todos, dizem.

Como se rindo,
arde-me a fronte,
irradia em meus pensamentos.

Epifenomenalmente,
me queima a pele.
Imoralmente,
Desnatura o peito.

4 comentários:

Jéssica Mendes disse...

Sinceramente, já não sei o que dizer de ti. Tu não existe.

serra, gabriela. disse...

Poxa, você escreve muito bem mesmo!

André Bandeira disse...

Epifenomenal!!!

Parabéns!

Priscilla Baroni disse...

"... Epifenomenalmente,
me queima a pele.
Imoralmente,
Desnatura o peito."

Perfeito.