quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ai, me desculpe por te dar
Tantos dias de ambição
Vivo dias de ambição
Cegueira de quereres
Mar de haveres
Falsas musas diante de mim
Talentos atrofiam
Num estalar de stars
ao dissipar o caos
em roupas no varal
em deus no bem no mal.

Não sobrevi, viverás a um dia
Sem te entupir de aspirina
Não sobrevi, viverás a um dia
Sem te despertar com cafeína

Ai, me desculpe por te dar
Tantos dias de aflição
Vivo dias de aflição.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Espaço-temporal

O tempo é o mesmo
poderia ser qualquer dia
são os mesmos cachorros que latem toda noite lá fora
vez ou outra um bicleteiro apitando em vigília
e uma pantera passa por baixo e mia
a madrugada nunca contrai
sem pressa de sol
acolhe toda mente que quer tocar
todo sono que quer dormir
e toda porra que quer gozar
inventa lugar
o tempo é o mesmo
o sujeito passa.



Algumas cores



Não podemos coincidir.
É isso que silencio a ela,
mas desentende.

Minha generosidade
vem com grosseria
a face oferecida tem de ser cuspida.

Sou ratio, sou patio
só que os dois não posso
Não possuo a destreza.

A nossa sobrevida descarta a harmonia
a mediania
ou qualquer fórmula de sucesso.