sexta-feira, 26 de junho de 2009

Hiato recessivo

Sempre fui uma poesia
meio água e sal, admito.
Mesmo em tempos de crise
nunca dei de impressionar.

É só mais um hiato recessivo, não repare, dispenso
políticas expansionistas.
Tá tudo bem, obrigado,
já já passa.

Pega uma carona com a Ju,
ela tá na rua,
vem pra cá
deitar comigo na rede.

sábado, 13 de junho de 2009

Crianças adormecem no banco de trás

Numa meia noite... digo,

noite meio
entre esse doze de junho dos
namorados e um sábado treze qualquer
Entro pela porta de trás.

Todos sabem que sob embalo de estrada esburacada
crianças adormecem no banco de trás.
Dormem profundo um sono
tranquilo de não haver com o que se preocupar.
O tempo só se dá.
Às vezes dia, outras noite.

Dizendo assim até posso ver
minha irmã Joaninha
despencar num colo familiar qualquer
malfeitos dez minutos de viagem
Imperatriz - Porto Franco.

Mas nessa meia noite...digo,
noite meio
entre esse doze de junho dos
namorados e um sábado treze qualquer
em que entrei pela porta de trás, não.

Havia casais enamorados nos bancos da frente
ocupados demais em gozar os minutos últimos
do 'sábado especial'.
Até me parecia que quando essa noite meio entre o
doze de junho dos namorados e um sábado treze qualquer fosse
mais sábado treze qualquer toda magia se dissiparia no ar...
Estavam ocupados demais.

Eu estava só.
Se ocupado, apenas com meu caderno amassado em mãos que
a indolência e os buracos não me impediam de rabiscar -
havia poesia para além do universo dos casais.

Crianças adormeciam no banco de trás. Duas.
Outro tipo de sono profundo.
Podia-se sentir o
cheiro de droga no ar.
órfãs, fugidas, vivas, mortas?
Estavam ali esparramadas,
mas quem se importava?
Era uma noite meio especial demais.

Um único sujeito ativo ao descer:

Triste, né...?



terça-feira, 2 de junho de 2009

Divino

Vá ali, rapidinho, n'Os Salvadores, vá!