quarta-feira, 20 de maio de 2009

Literato

Ai, ai,

que agonia que me dá
se meu texto é feio,
que não há pensar.

Eu trago num bolso furado
um tantão de poesia rasgada
em confetes.

Não transborda, como Jéssica,
Não desengarrafa, como Espeto,
Nem nada pretende Salvar.
Nem aqui, nem lá.

Quem sabe um dia me baste.
Antes se espalhe pelo chão,
durante o meu caminhar.

Não entendo do mundo,
não sei aprofundar,
limito-me, dizem,
muito a resmungar.

Ai, ai,
que agonia que me dá
se meu texto é feio,
que não há pensar.

Tempo, quanto tempo pra saber?

Em vão metrificar se
Em flashes me passa uma vida toda porvir.
um, dois, três
meses,
uma vida toda.

Não explicar
Não falsear
Não teorizar

Os moralizadores não foram senão imorais, me disse um livro amigo.

Ele está aqui e acolá. Imanente. Cotidianizado.
Numa balada bossa nova,
Num rap de Mano Brown.

Uns acharão falso e dirão verdadeiro
e dirão falso e verdadeiro será.
Esqueceram do não teorizar?
Ele está.
Adorado, maldito, remendado,
vivido.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sinal Vermelho

Vá ler lá no blogue Os Salvadores Daqui !

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ressurreição II

Eletro, ecocardiogramas.

Talvez agora os diagnósticos
não me afirmem estar de acordo com a norma.

- O que há de ser, Doutor?

Se passar do terceiro dia,
essa dor que invade seu peito e
provoca delírios sem menor pudor,
se passar do terceiro dia,
é amor.