quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Identidade

Não é que de repente

tenha me tornado um poeta abusado,
exigente.
É só que tomei consciência
de mim.

Sei que não
mereço uma vida jazz
e sexo comportado.
Compromisso às oito.

Eu nasci pro calor do
tambor das crioulas
me aquecer.
Pra beber cachaça
em vez de uísque.

Que não me venham com aquela
conversa empolada,
por favor!
É nas calçadas da vida que escrevo
meus versos.

Como marcas no chão
permaneço encantado -
Até que a chuva não caia
tipo borracha
até que alguém me leia
me ressuscite.

4 comentários:

Fóssil disse...

É muito bom descobrir do que somos feitos e quem somos. E o caminho que escolheste me parece muito melhor.

Parabéns pelo poema :) Sarjeta refinada.

Alessandra Castro disse...

Que romântico. Eu achey.

Unknown disse...

CURTI OUTRA VEZ!!!

Flaviano Menezes disse...

Paulo César, como vai?
visite e colabore com o maranharte;
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