sábado, 8 de março de 2008

Lado direito do peito

Tá, eu juro, tento, mas, pelo menos a curto prazo, não consigo extrair felicidade da desgraça. Simplesmente não dá. Lembro-me de quando li Freud explicando sobre a tal felicidade derivativa achei absurdo - para mim desgraça é sinônimo de desgraça. Não gosto de auto-enrolação, de mascarar meu querer a fim de enganar meu ego.
Sem-vergonha os que gostam de apanhar. Um completo sem-vergonha então seria. Adoro sentir meu coração batendo acelerado, metade do lado esquerdo, metade do lado direito - unidade quebrada. Suscitar desgraça da desgraça, talvez uma hora essa brincadeira perca a graça.

1 comentários:

Carine Dávalos disse...

Vou tentar não me apresentar e ser menos prolixa que de costume. Adorei teu blog... Adicionarei aos meu favoritos!

[...]"Não gosto de auto-enrolação, de mascarar meu querer a fim de enganar meu ego.
Sem-vergonha os que gostam de apanhar."

Não como embate intelectual, nem curto muito isso, cada um se conta do jeito que pode e quer! Mas já parou pra pensar que nem sempre falar isso ou apenas repetir pra si resolve! É sendo - o máximo que nossa capacidade alcança - sem-vergonhas, que ganhamos causas aparentemente impossíveis?! Ego ferido (ou enganado) é difícil de curar - concordo plenamente! - mas se ele aprender agora com o que sofremos presentemente, não seria capaz de identificar o que não vale à pena depois?!?! Não seria massageado quando, futuramente, estivessemos previnidos?

Entende o que quis dizer?!
É como se o vírus dormente fosse aplicado para previnir doenças futuras!

Acho que era isso!

Carine Dávalos