terça-feira, 12 de junho de 2012

Reencontro II

silêncio. até então não aprendera a calar. é covarde demais pra ensurdecer no silêncio, para se deixar silenciar. prefere falar. e o silêncio é tensão é, quiçá, tesão, incongruência, afinidade, incompreensão. o ar estava repleto de silêncio e sabiam que diziam tudo que merecia ser dito, eram sinceros no seu silêncio, no tédio um do outro, na falta de sentido, no fim. o melhor era silêncio. mas até então não aprendera a calar, e como não havia nada a ser dito, banal precipitou uma palavra.

acabou a sinceridade, ambos se abraçaram, se amaram e mentiram felizes.

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