quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Que lugar ingrato!
Que lugar canalha!
Eu que te falo
eu que te vejo
e tu que parada me tem
em mãos.
Que lugar canalha!
que lugar ingrato!
E se calo
teu silêncio môco me perturba
mais do que qualquer carão.
Sou eu o lugar de tua carência
de teu segundo frágil que não volta em dias
do vácuo doído que o outro deixou...
-É tudo pouco pelo meu sossego!
Eu quero o desejo castrado
que te faz formigar
quero ser o motivo
de tua insônia constante
quero o vôo mais alto
que teus pensamentos!
Voa comigo
e não falo nada em vão...
Vem, que calo um silêncio
mais sábio que todos os monges da terra
que todos os poetas da ágora
- Que todas as almas depenadas de paixão!
Mas tem que vir
e me dar a mão
ou, então, me enterra de vez
neste lugar
ingrato!
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