quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Corre, corre, corre
Mente obnubilada
Corre
Sente o peito
O ar
Iansã que entra cheia de vigor
Pelos teus pulmões corroídos de tabaco
Corre
Que a vida é mais bonita em endorfina
Corre que é melhor do que parar
Corre por nada
e pela vida inteira,
até amanhã.
Corre
E tropeça na cidade desengonçada
Com jeito de quem quer ser grande
Corre
E esbarra na serpente
Fedendo a merda na lagoa da Jansen
Corre por tudo
E pela vida inteira até amanhã
Contrai o futuro
Estica o presente
Corre com o sol ardendo as moleiras,
sente o peito
e o ar recém-poluído
Corre, corre
Pro carnaval chegar magro
E a folia chegar gorda
Corre
Para transcender o mundo
Com os pés no chão
Corre
para sentir em ritmo e compasso
A própria respiração
Corre, corre, corre
Por qualquer coisa
E pela vida inteira,
até amanhã.
Até chegar iansã
cheia de vigor pelos teus pulmões corroídos de tabaco.
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