terça-feira, 28 de setembro de 2010

Falamá


Os minutos na madrugada
valem xícaras de
café amargo,
pontadas no refluxo e
uns rabiscos aleatórios.

Me custa admitir que
a genialidade não sentará comigo à mesa.

Poesia,
Se não me tornar lembrado por muito,
ao menos embale tranqüilo esta noite...

Ditado sem tardar
ou falhar,
De tanto dizer
Agosto

língua quebrou caroço
calou sozinha na agonia
e Foi setembro
quieta, quietinha...

3 comentários:

Natália Dino disse...

Adorei essa! Muito boa MESMO!

Deve de ser porque meu setembro se foi assim, quieto, quietinho, pra "maldizer o que passou".

E a chuva ansiada, ainda nem veio, pra nos lavar as almas...

E preparar pra outubro.

(...)

Outubro, sim! Outubro que é o cara!

Jéssica Mendes disse...

Setembro não foi quietinho, oxi!
Setembro teve aquela malemolência igual a do sambista, aquele gingado solto, um charme especial!

Outubro, sim, esse amedronta-me...

E texto muito bom, Sr. Di Linharez :D

De tanto (não) dizer, genial.

Felipe Rocha disse...

há versos que embalam mesmo a gente em noites complicadas.
convertem monotonia em precioso tempo.