quinta-feira, 26 de março de 2009
Ai, ai, Nimbus!
Quão à toa foi toda aflição
que enervou meu céu negro.
Que límpidas gotas
as precipitadas sobre esta terra!
Reparaste na elegância com que
se esquivaram de ti?
É, sim, tempo de chuva
e tudo que implica.
Mas quem sente falta de metáforas de
Sol a arder nossas moleiras?
A doce torrente que hoje
me encharca, nada há de lembrar
a velha e pós-moderna e ácida chuva.
Sequer reclamarei de meu,
atchim, resfriado.
atchim, resfriado.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Meu céu negro,
pleno meio-dia,
denuncia:
hoje não há metáforas
de sol.
É tempo de chuva
e tudo que implica.
Quantos rios aterrados!
Quantos bueiros entupidos!
Quanta catástrofe porvir!
Ai, ai, Nimbus!
Meu céu negro é frouxo, frouxo...
Quanto teme sobre ser
precipitado!
sábado, 14 de março de 2009
Armado.
Sonho.
Concreto.
Pela metade.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Drama de um carro mil da periferia de São Luís
0 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 15:22sexta-feira, 6 de março de 2009
Ai como adoro
me contrapor ao que diz
um certo livro na estante de meu pai.
- Etiqueta!
Cerro a porta do recinto
e me dedico intimamente ao ato.
Sem regras nem convenções.
E por falar,
como são fúteis essas regras!
Novamente sou tomado
pela impressão de que
tudo quanto é instituído socialmente,
aponta somente no sentido de negar
o que é inerente ao homem.
Esqueçamos tais bobagens.
Afinal, é tão natural,
alguma hora há de acontecer.
Sentar,
ignorar o que, porventura,
venha a incomodar o olfato alheio e
efetuar
o ato da defecação.
Que alívio!
quinta-feira, 5 de março de 2009
Texto no blog " Salvadores d'Aqui"
Santo de casa
segunda-feira, 2 de março de 2009
Hoje eu sentei pra comer.
Como não fazia há muito tempo.
Eu sozinho na mesa,
pratos, talheres, baixelas,panelas.
Comi salada,
peguei peixe com as mãos,
limpei a boca na toalha de mesa -
ninguém viu.
Sentei tão concentrado
no almoço, tão distante de mim.
Hoje eu sentei pra comer.
Como não fazia há muito tempo.
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