segunda-feira, 10 de outubro de 2011

You don't know me

0 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 23:32

Distante que só,
um filete de pensamento
se esvai do estudo imperioso
e dança uma balada
b side of Caetano Veloso.

"Show me from behind the wall"...
E eu realmente quis que me mostrasse
ainda que hesitante.

Ante a frouxidão
de meus atos comedidos
O disco é transa de êxito incerto.

Com ternura,
quis comê-la a cada
vez que ouço a faixa
número 1.

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Mendigo

1 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 12:39

-Tapem suas narinas!

Entra pela porta de trás
o inimigo desconhecido
e subitamente odiado.

Ele cheira a falta de banho
e fede a falta de alma.
Seus cabelos são negros,crespos
e revoltos como os meus,
sua barba farta
vence meus poucos pêlos.

É tão pouco como todos.

Mas fede a falta de banho
e cheira a falta de alma.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mas se

4 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 00:45


Entre flores e fogo
e os gesto do povo
e a lama que cobre o morro

Um riso dentuço
me deixa confuso
e faz querer ser bem mais

Dias passam cansados
de misturar o hoje e o passado
o amante jaz derrotado

Um riso dentuço
me deixa confuso
e faz querer ser bem mais

mas se,
mas se.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Começa com S

1 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 23:41


Há sempre
uma linha ética
que me impede de escrever
aquilo todo mundo pensa
mas não diz.

Bem, tenho problemas com essa linha.
Serei cretino agora.

Sabe do que sinto falto?
Sabe do que
pura e verdadeiramente
sinto falta?!

( - Por favor, se com a linha poética
já és desastrado, respeite ao menos
a ética! )

Bem, nessa hora
vem a linha ética
e me impede de dizer
porque, neste caso,
a verdade não combina com
pureza.

Na ágora

2 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 23:40


Faz um vento
como se dissesse
vai despencar toró.

Ele está ligeiramente
pançudo
e
cretinamente solteiro.

Nem de longe
diria atraente,
bem mais próprio
um fracassadamente sacana.

A camisa cola
no bucho
e comprova o desglamour
da cena.

Há quem cochiche:
"um charme só".

Pobreza Poética

1 comentários Postado por Paulo César di Linharez às 23:29


Curiosa tendência
que tenho de caracterizar
as coisas como "engraçado".

Mas é engraçado
o jeito como me sinto
agora.
Mil dias sem escrever
e rabisco um trisco
sem risco e com tudo latente que eu não sei versar.

Aposto um ploc
como esmoreço
antes de alguém
me ler.

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